Caso clínico publicado no NEJM ([link](https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMicm2214831?query=featured_nephrology)):
Uma mulher de 95 anos é internada com história de dispneia e tosse seca há 4 semanas . Nos últimos 6 meses vinha tomando nitrofurantoína diariamente para prevenir infecções recorrentes do trato urinário. Na admissão apresentava SpO2 de 83% em ar ambiente. Ao exame físico, foram identificados estertores crepitantes inspiratórios.
Na avaliação laboratorial foi identificado uma leucocitose neutrofílica, mas sem eosinofilia. Na radiografia de tórax foi observado opacidades alveolares irregulares mais proeminentes nos lobos superiores (Painel A). A cultura de escarro e painel respiratório viral foram negativos. Imagem de tomografia computadorizada do tórax mostrou vidro fosco e opacidades reticulares com predomínio no lobo superior e bronquiectasias moderadas (Painel B). Devido achados de imagem do paciente e à exposição prolongada à nitrofurantoína, foi feito o diagnóstico de lesão pulmonar crônica induzida por nitrofurantoína.
Em pacientes com lesão pulmonar induzida por nitrofurantoína, os achados radiológicos são variados e podem ser distribuídos difusamente ou localizados. O tratamento com nitrofurantoína foi interrompido e prescrito tratamento com prednisona, sendo observado melhora do quadro com uma semana e resolução radiográfica com dois meses depois (Painéis C e D, respectivamente).
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